sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Assistir do lado de fora

É fácil assistir do lado de fora. Ver através do ecrã. Ser o espetador da plateia. Pior é quando a dita “batata quente” nos para nas mãos.
“Nunca me irá acontecer isto”, é errado pensar assim porque da mesma maneira que atinge os outros pode acontecer o mesmo connosco.
E já que estamos numa de falar em “batatas quentes” ou outro nome que lhes queiram dar (sejam criativos) podemos dizer que existem várias espécies: as péssimas, as arrasadoras, as indecisas, as problemáticas e as gerais (que englobam mais ou menos tudo). Se tiverem mais nomes por favor deixar nos comentários.
O problema destes problemas é não saber o que fazer ou o que vem a seguir. Nunca sabemos qual é o caminho certo, o da razão ou o do coração.
Quando somos nós, o problema ganha dimensões do tamanho da galáxia, e nós? Bem nós somos um simples átomo. Claro que podemos explodir e dar origem a um big-bang ou podemos ficar simplesmente um átomo toda a vida.
Eis o seguinte: quando escolhemos o big-bang, não sabemos se vai dar tudo certo ou se vai dar tudo errado.
Quando abraçamos ou aconselhamos uma pessoa que está mal, simplesmente porque nos parece correto e achamos compreender a situação mas na realidade quando somos nós no lugar da pessoa nada faz sentido. Já se perguntaram porque é que os conselhos que damos aos outros nunca ou raramente os utilizamos em nós mesmos? Exatamente , porque quando damos o conselho a alguém , encontramo-nos na plateia, mas na realidade muitos desses conselhos nem para nós fazem sentido.
Mas a vida é mesmo assim. Coloca-nos à prova e em posições difíceis para nos testar.

1 comentário:

  1. A verdade é essa: estar na plateia e em palco é muito diferente, e, por vezes, esquecemo-nos desse pormenor e até acabamos por ser inconvenientes! Outra coisa importante que saliento deste texto: nunca podemos dizer nunca!
    Beijinho*

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